Você bebe água da torneira?

28 de abril de 2010 - 13:42

Muita gente não sabe, mas a água que chega às residências de Fortaleza e Região Metropolitana pode ser bebida sem problemas. Todos os dias, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) realiza análises na água distribuída e controla a qualidade do produto para que seja usada na higiene e na hidratação do corpo. Seis parâmetros são analisados todos os dias: cloro residual livre, turbidez, cor, flúor, coliformes totais e escherichia coli.

 

As análises feitas para Fortaleza continuam apresentando resultados de qualidade acima dos exigidos pelo Ministério da Saúde. Em março, a Companhia realizou 701 análises da água para cada parâmetro de cor e turbidez, estando em conformidade em 697 amostras. Segundo o Ministério da

Saúde, a quantidade de amostras exigidas nesses parâmetros é de apenas 138. Já em relação ao Cloro Residual Livre, Coliformes Totais e E.coli, o Ministério da Saúde exige 595 coletas. A Cagece analisou amostras a mais e constatou conformidade, respectivamente, em 699, 701 e 701 amostras. Quanto ao Flúor e a presença de bactérias heterotróficas, a Cagece também analisou amostras a mais do que o número exigido e constatou conformidade de 100% nas 126 amostras de flúor e 123 amostras para análise de presença de bactérias heterotróficas.

 

Dados levantados no município de Caucaia também confirmam a potabilidade da água distribuída pela Cagece. Foram 162 análises em relação a turbidez e cor contra as 51 exigidas para ambos, estando em conformidade em todas elas. A Companhia ainda analisou 163 análises para os parâmetros de Cloro Residual Livre, Coliformes Totais e E.coli, quando o exigido são 161 amostras. Nesses casos, também 100% de conformidade. O Ministério da Saúde exige para Flúor e bactérias heterotróficas, 26 e 32 análises, respectivamente. No entanto, a Cagece realizou 36 e 35 amostras, estando em 100% de conformidade.

 

Em Maracanaú o número de amostras analisadas também é bem superior. O Ministério exige que sejam coletadas 32 amostras de água tendo como parâmetro turbidez e cor. A Cagece realizou a mais, estando em conformidade, em 126 amostras, para ambas. Já em relação ao Cloro Residual Livre, Coliformes Totais e E.coli, a Cagece submeteu 128 amostras a análises, estando em conformidade em todas elas. Quanto ao Flúor, a Cagece levantou 32 amostras contra as 16 exigidas, estando com 100% de conformidade. E em relação a bactérias heterotróficas a Companhia seguiu exigência realizando as 22 análises exigidas, também estando em conformidade em todas elas.

 

Segundo a chefe do laboratório de qualidade da Cagece, Neuma Buarque, quando alguma anomalia é detectada a Companhia adota medidas corretivas para retorno da água à normalidade.

 

Água bruta

 

Antes mesmo da água ser submetida ao tratamento, há uma pesquisa regular da presença de substâncias nocivas como metais pesados, agrotóxicos, assim como identificação e quantificação de cianobactérias, bioensaios de toxicidade e análises de cianotoxinas.

 

A cada duas horas são colhidas e tratadas para análises amostras da água bruta da Estação de Tratamento de Água Gavião, que hoje abastece Fortaleza, Caucaia e Maracanaú.

 

Saindo da ETA, a água tratada é monitorada pelo Laboratório Central da Cagece, onde diariamente são coletadas amostras em pontos estratégicos, representativos e de interesse sanitário ao longo de toda a sua extensão.

 

Entenda os parâmetros de análise

 

Cloro residual livre – Consiste no resíduo de cloro deixado na rede de distribuição após o processo de desinfecção da água. É um importante indicador das condições da água, funcionando como barreira contra organismos indesejáveis. De acordo com a Portaria nº 518 do Ministério da Saúde, a água entregue ao consumidor deve apresentar uma concentração mínima de 0,2 mg/L (miligramas por litro) de cloro residual.

 

Turbidez – É causada devido a presença de substâncias em suspensão e indica o grau de transparência da água. Água muito turva dificulta o processo de desinfecção. O Ministério da Saúde exige um valor máximo permitido de 5,0 uT (unidades de turbidez) na água distribuída.

 

Cor – Indica a presença de substâncias naturais coloridas finamente divididas ou dissolvidas, capazes de emprestar a própria cor à água. Trata-se de um parâmetro eminentemente estético. Geralmente não apresenta risco a saúde. O valor máximo permitido na água distribuída é 15,0 uH (unidades de Hazen).

 

Flúor – É um elemento químico normalmente adicionado à água para promover a prevenção da cárie dentária. A concentração deve situar-se entre 0,6 e 0,8 mg/L para o efeito desejado, e de acordo com a Portaria nº 518 do Ministério da Saúde, a água entregue ao consumidor não deve ultrapassar o limite máximo de 1,5 mg/L (miligramas por litro) de flúor.

 

Coliformes totais – Indicam presença de bactérias na água. De acordo com a Portaria nº 518 do Ministério da Saúde, a água entregue ao consumidor deve apresentar o limite mínimo de 95% de ausência de coliformes totais nas amostras coletadas durante o mês.

 

Escherichia coli – Faz parte do grupo coliforme e indica a presença de organismos que podem causar doenças. De acordo com a Portaria 518 do Ministério da Saúde, este microrganismo deve estar ausente na água entregue aos consumidores.

 

28 de abril de 2010

 

Assessoria de imprensa da Cagece

Márcio Teles (marcio.teles@cagece.com.br/ 3101.1826)