Mais de 3,5 milhões de cearenses possuem acesso à água fluoretada

3 de agosto de 2010 - 13:44

A fluoretação da água de abastecimento público representa uma das principais e mais importantes medidas de saúde pública no controle da cárie dentária. Hoje, a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) proporciona a melhoria da qualidade da saúde bucal de mais de 3,5 milhões de cearenses. A Cagece iniciou, em 1989, a fluoretação em Fortaleza, com adição de fluossilicato de sódio na água da Estação de Tratamento de Água do Açude Gavião – ETA Gavião. Em 1994, outros sistemas operados pela Cagece receberam adição de flúor, como a estação Jaburu, que fornece água fluoretada a sete municípios da Serra de Ibiapaba. Atualmente, 80 municípios recebem o produto.

 

Antes de receber o sistema de fluoretação, a Cagece informa os moradores sobre a ação e os conscientiza em relação à qualidade da água e do produto durante o seminário “Fluoretação das águas de abastecimento público”, realizado em parceria com o Programa Brasil Sorridente. Gerentes da Companhia e odontólogos informam sobre os benefícios do flúor, tiram dúvidas em relação às propriedades do produto e distribuem material educativo.

 

A fluoretação tem como principal benefício a redução de incidência da cárie dentária, principalmente, na população infantil, além de fortalecer a estrutura dentária, torna os dentes mais resistentes à ação das bactérias e protege contra o aparecimento de cárie.

 

A concentração de flúor deve situar-se entre 0,6 e 0,8 mg/L (miligramas por litro) para o efeito desejado e, de acordo com a Portaria nº 518 do Ministério da Saúde, a água entregue ao consumidor não deve ultrapassar o limite máximo de 1,5 mg/L de flúor. A Cagece mantém rigoroso controle da qualidade da água oferecida à população e segue exatamente o que determina a legislação vigente relativa à concentração de flúor para a água tratada e distribuída.

Orientação médica

 

De acordo com o presidente do Conselho Regional de Odontologia do Ceará, Márlio Ximenes, o flúor é um instrumento fundamental na prevenção de cáries e o seu uso pode ocorrer de várias maneiras, mas sempre visando o cuidado e proteção dos dentes.  “O mais importante nessa fluoretação é que ela seja feita na medida correta, isto é, nem deve trazer flúor demais, pois isso poderia ocasionar uma doença chamada fluorose, nem tampouco deve trazer flúor de menos, o que não permitiria o alcance efetivo da proteção desejada.

 

Portanto, além de ser implementada, a fluoretação da água deve ser monitorada, a fim de que o teor de flúor seja mantido dentro dos padrões adequados para o controle da cárie e prevenção da fluorose dentária”,afirma.

 

A fluoretação das águas de abastecimento público, como método de prevenção, é recomendada pela Associação Dentária Americana desde 1950 e pela Organização Mundial da Saúde desde 1969. No Brasil existem a Lei 6.050 e o Decreto 76.872 de 1975, determinando a obrigatoriedade da implantação do método no país, além de ser apoiada por todas as associações de classe da odontologia brasileira.

 

03.08.2010

 

Assessoria de Imprensa da Cagece

Márcio Teles (marcio.teles@cagece.com.br/ 85 3101-1826)