Saúde: 41,4% dos municípios têm baixa infestação pelo Aedes aegypti
10 de abril de 2017 - 15:53 #chikungunya #dengue #saúde #zika
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O Ceará aumentou em quase 65%, de 2016 para 2017, o número de municípios que realizaram o primeiro Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) do ano, que passou de 82 para 135. Percentualmente, diminuiu o número de municípios com alta infestação pelo mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika, de 31,7% para 30,4%, e daqueles em situação de média infestação, de 40,2% para 28,2%. O percentual de municípios em situação satisfatória, de baixa infestação, aumentou de 28% para 41,4%. Este ano, pelo Índice de Infestação Predial (IPP), o Estado tem 41 municípios com alta infestação (acima de 3,9%), 33 com média infestação (entre 1% e 3,9%) e 23 com índice satisfatório (menor que 1%).
O LIRAa é o método amostral, desenvolvido e adotado a partir de 2003 pelo Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, cujos resultados permitem aos gestores direcionarem com mais precisão as medidas de prevenção e combate do mosquito e o controle das doenças por ele transmitidas – dengue, chikungunya e zika. Com mais informações coletadas, é possível identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas. Os municípios com mais de 2 mil imóveis em sua zona urbana podem realizar o LIRAa. No Ceará, 162 (88%) dos 184 municípios se enquadram nos critérios para realização do levantamento.
Os locais de infestação do mosquito também são identificados pelo LIRAa, que monitora a densidade de formas imaturas (larvas e pupas) por meio de pesquisa realizada na visita domiciliar do agente de combate às endemias. Conforme o primeiro LIRAa de 2017, depósitos localizados ao nível do solo, tais como cisterna, tambor e tanque, foram os que predominaram com infestação pelo Aedes aegypti em relação aos outros tipos de depósitos domésticos representando 57,0% (1.821 de 3.197) de todos os pesquisados. Em seguida aparecem reservatórios móveis (vasos ou pratos de plantas, bebedouros de animais etc.) com 14,6% (468). Em 11,3% (361) dos depósitos elevados como a caixa d´água, o Aedes aegypti esteve presente. Outros depósitos como ralos, vasos sanitários desativados, lixo, pneus e outros, somaram 17,1% (547) dos focos do vetor.
Cuidados para combater o mosquito
As alternativas de suprimento doméstico de água pelas famílias devem ser acompanhadas dos cuidados para evitar a proliferação do Aedes aegypti. A associação do vírus em circulação com a presença do Aedes aegypti e água limpa armazenada dentro de casa fornece as condições ideais para a proliferação do mosquito e a disseminação das doenças que ele transmite. Por essa razão as famílias devem se cercar de cuidados ao armazenar água e, assim, ajudar a combater o mosquito. Baldes, potes, quartinhas, bacias, camburões e outros recipientes que guardam a água de beber e para outros usos domésticos, assim como a caixa d’água, devem ser mantidos limpos e vedados para evitar o risco de proliferação do Aedes aegypti.
O mosquito deposita os ovos em criadouros com água limpa e parada. Para impedir a desova, é fundamental eliminar todos os potenciais focos do mosquito transmissor. Se isso não for possível, é necessário que todos os locais de armazenamento de água sejam mantidos bem fechados e protegidos com telas e tampas adequadas. É importante ressaltar que o tratamento da água não substitui a necessidade de remoção e proteção dos potenciais criadouros do Aeds aegypti.
Além desses cuidados, é preciso evitar que água de chuva se acumule sobre a laje e calhas, guardar garrafas sempre de cabeça para baixo, encher até a borda os pratinhos dos vasos de planta e eliminar adequadamente o lixo que possa acumular água, como pneus velhos, latas, recipientes plásticos, tampas de garrafas e copos descartáveis. De acordo com a atualização semanal das doenças de notificação compulsória, até a semana epidemiológica 13, o Ceará registrou este ano 2.926 casos de dengue, 29 de zika e 2.677 de chikungunya, com um óbito.
Veja o boletim do LIRAa
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