Representantes da Guiné-Bissau buscam experiências de sucesso na SDA
26 de abril de 2018 - 14:15 #agricultura #desenvolvimento agrário #guiné-bissau #internacional
Na manhã desta quinta-feira (26), representantes do governo da Guiné-Bissau estiveram reunidos com o secretário adjunto do Desenvolvimento Agrário Wilson Brandão e com os coordenadores do projeto São José, Lafayette Almeida, e Paulo Freire, Íris Tavares. O encontro apresentou experiências de sucesso realizadas pela SDA, como o combate à pobreza no campo (Paulo Freire) e de apoio à integração da agricultura familiar com as grandes produtivas do Estado (São José).
A Guiné-Bissau, país da costa Ocidental do continente africano, tem na agricultura sua principal fonte de riqueza. Entretanto, trata-se de um setor muito concentrado no arroz e caju, com baixíssimo valor agregado e com a alta presença de atravessadores que comercializam os produtos com países vizinhos.”Hoje, Guiné-Bissau é um país que chove praticamente por seis meses, embora o grande entrave seja a gestão dos recursos hídricos”, observou a assistente técnica Principal do PNUD Guiné-Bissau, Ângela Abdula.
Nesse sentido, a delegação veio ao Brasil, e em especial ao Ceará, em busca de conhecer experiências voltadas à: agregação de valor, associativismo, compras públicas da produção local e parcerias com organizações internacionais, como o Banco Mundial e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA). “Penso que, o que pode ser realizado em Guiné-Bissau é o investimento não apenas na castanha do caju, como também no pedúnculo. Além da fabricação de doces, da polpa e do suco, que talvez seja o produto mais fácil”, sugeriu o coordenador do São José, Lafayette Almeirda, reforçando a importância de uma estratégia territorial para o desenvolvimento regional do país africano.
Na opinião de Íris Tavares, um dos pontos a ser observado no combate à extrema pobreza é a capacitação dos agricultores familiares, inclusive para que não mais “dependam tanto dos atravessadores”. “A contrapartida do Governo do Ceará junto ao FIDA é basicamente em relação a oferta de bens e serviços, até mesmo porque se trata de um contrato na modalidade empréstimo”, acrescentou a coordenadora do Paulo Freire.
Representaram o país africano a diretora-geral do Plano do Ministério da Administração Territorial, Monica Buaro; a diretora-geral da Escola Nacional de Administração, Braima Sanhá; a professora da Escola Nacional de Administração, Samora Costa; e o assistente de Planificação Estratégica do Ministério de Economia e Finanças, Agostinho Moisés. Além desses a representante da Sociedade Civil da Região de Cacheu, Tânia Gomes; o representante da Cooperativa Agrícola de Jovens Quadros, João Sanhá; e o Ponto Focal do projeto de Governação e Desenvolvimento Local do PNUD Guiné-Bissau, Raphael Esteves.