Alegria e muita diversão marcam natal das crianças do CIDH
11 de dezembro de 2018 - 17:12 #CIDH #crianças #natal #saúde
Suzana de Araújo Mont'Alverne - Assessoria de Imprensa – CIDH/Lacen/ IPC
Uma manhã de muita diversão, brincadeiras e mensagens de otimismo. Foi assim a festa de Natal das crianças em tratamento no Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH), do Governo do Ceará, nesta terça-feira, 11. “Atingimos o nosso objetivo, hoje as crianças estavam aqui para serem crianças. É muito gratificante para a nossa equipe ver a alegria delas”, comenta Marcela França, endocrinologista e diretora clínica do centro.
Para Janaína da Silva, mãe da pequena Rogelânia Paiva de Oliveira, de apenas dois anos e diagnosticada há oito meses com diabetes tipo 1, a confraternização alivia o medo que a doença carrega. “Essa festinha dá um ânimo. Ver tantas mães, tantas crianças maiores que ela vivendo felizes, me dá esperança e força”, diz.
O palhaço Pirulito fez a festa com a garotada, distribuiu presentes e, durante a brincadeira, falava sobre a importância de manter o tratamento. “Temos aqui os muito pequenininhos e os mais velhos, já quase na adolescência, e acho importante, mesmo que com tom de brincadeira, falar sobre o tratamento”, frisa. O ápice da festa foi a chegada do Papai Noel. O bom velhinho abraçou a garotada, tirou fotos e distribuiu muitos presentes.
Cuidado de todos
O diabetes tipo 1 é caracterizado pela produção insuficiente de insulina pelo pâncreas. E no Brasil, aproximadamente 30 mil crianças são portadoras da doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A patologia apresenta alguns sintomas, como: vontade de urinar diversas vezes ao dia, fome frequente, sede constante, perda de fome, fraqueza, cansaço, mudanças de humor, náusea e vômitos.
Janaína, mãe da pequena Rogelia, comenta que a filha passou dias cansada e desanimada. “Ela não é uma criança quieta, achei estranho. E no início achei que fosse só gripe, até que um dia ela começou a passar muito mal. Levamos ao hospital da nossa cidade, Aracoiaba, e o médico nos transferiu para o Hospital Infantil Albert Sabin, lá ela foi diagnosticada”, conta. Depois de recebido o diagnóstico, a mãe conta ainda que ficou com medo de ir para casa. “Achei que não ia dar conta. É muita responsabilidade. Dá muito medo”, complementa.
A pequena começará a estudar no ano que vem. “Em casa, ela entende que não pode comer açúcar, mas não sei como será quando ela tiver com tantas crianças, comendo bombons, salgadinhos, por isso já fui à escola conversar”, fala. A cooperação de todos que cercam a criança ou adolescente é fundamental para o sucesso do tratamento. “A criança com diabetes tipo 1 precisa da atenção de todos que a cercam. Essa rede de atenção ajuda a criança a entender a importância de não ter excessos e não sair do tratamento”, reforça a endocrinologista.
A patologia não tem cura, mas tem controle e formas de reduzir as complicações. Entender o diabetes; adotar uma vida saudável, com alimentação equilibrada e a prática regular de exercícios; ir ao médico regularmente; monitorar os níveis de glicemia e fazer uso correto da medicação são algumas maneiras de controlar e evitar os agravos que a doença pode acarretar.
Assistência
No CIDH, a criança ou adolescente com diabetes, no primeiro momento passa pela triagem da enfermagem e em seguida é direcionada para os profissionais e serviços específicos para cada necessidade. Lá, os pequenos são acompanhados por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos de diversas especialidades, enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogo e farmacêuticos. Atualmente, a pasta tem 1.707 crianças e adolescentes em tratamento.