Lavar bem as mãos e os alimentos é importante para evitar doenças
23 de janeiro de 2019 - 12:06 #alimentos #doenças #saúde #Sesa
Helga Rackel - Assessoria de Comunicação da Sesa
Período de calor intenso e chuvas pode aumentar os riscos de doenças virais. As doenças diarreicas agudas (DDA) são algumas delas. No Ceará, ocorrem com mais frequência entre os meses de janeiro e maio. Por isso, a higienização das mãos e dos alimentos, a atenção com o que consome e bebe fora de casa e o cuidado com a hidratação devem estar presentes no dia a dia.
As crianças são mais suscetíveis às chamadas “diarreias de verão”. De acordo com a técnica do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvep), da Secretaria da Saúde do Estado, Caroline Muniz, a faixa etária de um a quatro anos tem maior incidência. “Porque é a faixa etária da introdução alimentar, a criança põe a mão na boca o tempo todo, tem a higienização mais complicada”, diz.
A diarreia pode estar associada a infecções intestinais causadas não só por vírus, mas também por bactérias e intoxicação alimentar. “A mosca não é a vilã. As pessoas se contaminam de forma indireta”, afirma Caroline. Ela explica que o inseto pode carregar microrganismos porque pousa em qualquer lugar e assim, contaminar alimentos e bebida que estejam expostos.
Prevenção
Para evitar a DDA é fundamental lavar bem as mãos com água e sabão antes das refeições, depois de ir ao banheiro e pegar em animais. Para as crianças que ainda amamentam, a mãe deve priorizar o aleitamento. O leite materno contém todas as proteínas, açúcares, gorduras e vitaminas que a criança necessita para ser saudável e protegida das doenças.
“Mesmo com a diarreia, a mãe tem que continuar com aleitamento materno, não pode parar”, alerta a enfermeira. O cuidado não fica restrito ao bebê, a mãe que amamenta também deve se hidratar bem. É preciso ingerir pelo menos dois litros de água por dia e manter uma alimentação rica em líquidos como frutas, sucos, verduras e legumes crus ou cozidos.
As doenças diarreicas agudas podem ser acompanhadas de náusea, vômito, febre e dor abdominal. No geral, duram de dois a 14 dias. Se passar de 24 horas e o número de evacuações não diminuir, deve-se procurar o posto de saúde mais próximo. Principalmente se houver piora da diarreia, vômitos repetidos, muita sede, recusa de alimentos, sangue nas fezes e pouca urina.
Notificações
Até 12 de janeiro, o Ceará registrou 11.106 casos de doenças diarreicas agudas. Com a intensificação da vigilância epidemiológica, as subnotificações diminuem. Por consequência, aumenta o número de notificações de casos. “Não é um surto. O aumento do número de casos nesse período é comum. Aumentou a vigilância nesses últimos três anos, daí houve aumento das notificações também”, pondera Caroline.