Atendimento no banco de leite do HGCC começa com acolhimento à mãe

26 de abril de 2019 - 11:48 # # #

Ascom Sesa

 

Quando uma mãe chega ao banco de leite humano do Hospital Geral Dr. César Cals, da rede pública do Governo do Ceará, a primeira ação é responder um pequeno questionário com perguntas essenciais para o atendimento. É dessa maneira que o hospital passa a conhecer melhor a mãe.

O questionário permite saber sobre o histórico dela e os problemas enfrentados por ela e pelo bebê. Isso possibilita realizar um atendimento personalizado, bem como registrar dados que serão úteis caso a mãe deseje se tornar uma doadora. Foi assim com Amanda de Sousa que, acompanhada do marido Kenderson Serpa e da filha Maria Cecília, procurou atendimento no banco de leite do HGCC.

Cecília nasceu em uma maternidade particular de Fortaleza há pouco mais de um mês. Amanda ficou sabendo sobre o banco de leite por meio de amigos e de uma médica, conhecida de sua família, e que atua no HGCC. Ela não hesitou e procurou a ajuda. Com o passar dos dias, percebeu que a filha não pegava a mama corretamente. Com o tempo, isso ocasionou a perda de peso. “Eu fiquei sabendo sobre o banco e sobre como eu podia obter ajuda para amamentar corretamente”, lembra Amanda Sousa.

 

Acolhimento

Ao chegar ao banco de leite do Hospital César Cals, na tarde de 5 de abril, antes de iniciar o atendimento, num processo rápido, Amanda respondeu algumas perguntas para o preenchimento dos principais dados e para que os profissionais do banco pudessem conduzir o atendimento.

São solicitadas informações como nome completo da mãe, endereço, data do nascimento, escolaridade, nome da mãe, número de filho, quantidade de semana de gestação, local onde o bebê nasceu, quantidade de consultas de pré-natal e a dificuldade enfrentada para amamentar. A partir disso, é iniciado o atendimento propriamente dito, que depende também das informações repassadas.

Núbia Pinto Bibiano, técnica de enfermagem do banco de leite, que participa do atendimento, conta que quando se tem conhecimento sobre a mãe, fica melhor para a interação, tão importante nesse momento. “A gente faz as perguntas até para se aproximar e deixar a mãe mais tranquila”, revela.

Segundo Rejane Santana, coordenadora do banco do HGCC, a mãe é preciso saber como ela está, o que ela passa, inteirar-se do caso para poder oferecer o atendimento ideal naquele momento. “O primeiro olhar para resolver o problema do aleitamento materno é o olhar para mãe. A mãe é a protagonista da história. Precisa saber o que está acontecendo com ela. Não é só técnica de a amamentação. Ela quer amamentar? Ela está ali obrigada? O corpo é dela. Por isso que a atenção inicial é totalmente para ela”, explica a médica.

Conhecer para atender melhor

A coordenadora reforça a importância de conhecer a rotina da mãe. Daí todo esse cuidado desde o primeiro momento, inclusive no atendimento por telefone. O aleitamento está ligado aos hormônios prolactina e ocitocina, que estimulam a liberação do leite. Para o diagnóstico situacional é ideal saber a história da mãe, a rotina após a saída da maternidade. E antes também, no período gestacional, a idade do bebê e da mãe, se recebeu alguma orientação, como foram as tentavas de amamentar, se já teve outros filhos, entre outras informações. Nos casos em que a mãe apresenta um quadro de estresse, o atendimento é iniciado prontamente.

Amanda e Maria Cecília voltaram para casa bem mais tranquilas. A mãe conseguiu relaxar, aliviar as preocupações, esclarecer as dúvidas, ficar mais confiante e poder amamentar a filha tranquilamente. “Só tenho a agradecer pelas pessoas que trabalham aí, pela acolhida, pela atenção e pala ajuda dada à minha família. Além disso, parabenizar pelo trabalho realizado”, finaliza. Ela inclusive aconselha as mães a procurarem o banco de leite do HGCC, caso precisem.

Funcionamento 24 horas

O atendimento no banco de leite do Hospital César Cals acontece a qualquer hora do dia e da noite, seja presencial ou por telefone. São 24 horas, todos os dias da semana. Ou seja, atende também nos feriados e finais de semana. Pode ser por telefone, pelo (85) 3101-5367 ou número gratuito 0800 286 5678 ou ainda pessoalmente, na Avenida Imperador, 545, Centro de Fortaleza.