Ensaio fotográfico emociona mães no HGCC
23 de maio de 2019 - 13:27 #bebês #Humanização #mães #neonatal
Ascom do HGCC
O que não faltou na tarde de segunda-feira, 20, nos jardins internos do Hospital Geral Dr. César Cals, da rede pública do Governo do Ceará, foi muita emoção. Para qualquer lado que se olhasse, ela estava lá, presente nos olhares, na voz, nos gestos e na acolhida de cada mãe ao receber a sua foto junto com seus filhos, retratados em momentos únicos e especiais na Unidade Terapia Neonatal e Alojamento Conjunto. Ambos com capas de super-heróis que ressaltam o poder que eles têm em lutar pela vida, entregar-se pela necessidade do outro e vivenciar situações de dedicação total.
O projeto “Mães fortes, mães reais”, realizado pelos residentes integrados em saúde de neonatologia e enfermagem obstétrica, reuniu mães participantes do ensaio fotográfico para um dia de comemoração e atividades como encerramento da ação e ainda a celebração do Dia das Mães. O evento, que aconteceu no período da manhã e tarde, destacou o papel da mãe, a dedicação, a superação e a força dos bebês internados na unidade neonatal. Tudo isso só é possível também pela atuação de uma equipe multidisciplinar que cria essa rede de suporte e atenção, além do apoio familiar.
A manhã iniciou com a exposição das imagens e dos depoimentos das mães sobre a participação no ensaio fotográfico. Dessa vez, além dos bebês, as mães também ganharam destaque no ensaio ao serem retratadas como aquelas que estão inseridas no cuidado, com destaque para a fortaleza e entrega durante a internação de seus filhos. Brenda Gonçalves, residente de serviço social em neonatologia, destacou o papel da mãe e a sua entrega durante o processo em que o recém-nascido fica no hospital. “Ano passado, foram feitas fotos dos bebês com capas de super-heróis. Este ano, pensamos em algo voltado também para o empoderamento da mulher”, destaca.
Para Doracide Valdite do Nascimento, da enfermaria Canguru, o projeto das fotos representa muito para todas as mães. Ela diz que as fotos poderão comprovar a evolução dos bebês. Já as capas lembram o que elas lembram todo o que elas passaram e todos as etapas vencidas e superadas a cada dia. “Na hora de tirar a foto, a gente sente muita emoção, um prazer muito grande. Esse projeto é fundamental na vida da gente, pois nos faz relembrar tudo o que a gente passou e superou” destaca.
A programação extensa também proporcionou uma oficina de confecção de sachê perfumado, ministrada pela terapia ocupacional. “O fazer terapêutico proporciona sensação de relaxamento, bem estar e conforto, melhorando a produção de leite, diminuindo o estresse. Além disso, o sachê pode tornar-se uma fonte de renda no futuro.”, explica a terapeuta ocupacional Cláudia Hemerita. Camila Sousa, da enfermaria de alojamento conjunto, não perdeu tempo e aproveitou para fazer as unhas e ser maquiada. Uma maneira de participar do evento e de realçar a beleza. “Eu sempre gostei de me arrumar. Com este momento, me sinto melhor, a autoestima mais elevada, internação não permite isso sempre, então é bom”, revela.
As pacientes da casa da gestante também tiveram a oportunidade de participar das comemorações. Elas passaram pela oficina de pintura e suas barrigas foram coloridas pelos pinceis que desenharam bebês para ilustrar o que vem por aí. A atividade foi uma homenagem e a oportunidade de registar esse momento para guardar de lembrança e mostrar aos filhos quando eles nascerem. Maria Regilene Ferreira Leitão é de Fortaleza e está há 20 dias na casa da gestante. Ela participou da sessão de pintura e achou o momento legal e diferente. “Foi um momento bem legal. Fiquei emocionada e vou guardar de lembrança, por isso tirei bastantes fotos”, revela.
Já a mãe Ellen Maria dos Santos Costa buscou na exposição elementos que a fizeram relembrar a trajetória dela e do filho até a hora do parto “Não foi uma gravidez planejada e eu o tive dentro da ambulância, no meio do caminho para chegar ao hospital. Estou aqui há um mês e meio e me sinto muito bem acolhida, as enfermeiras têm muito cuidado com meu filho e procuram me explicar sobre o estado de saúde para me deixar mais tranquila. Eu me sinto grata”, diz. Ellen é de Itapajé e vem ver Daniel, seu filho, três vezes por semana.
São essas as situações que o projeto busca destacar. As mães reais que todos os dias chegam ao Hospital César Cals ou saem de alta, sozinhas ou acompanhadas de seus filhos. Uma maneira de proporcionar mais humanização ao ambiente neonatal diante de toda aparato tecnológico, incentivar as mães, fortalecer o seu papel e permitir que elas guardem uma lembrança de um tempo que não é para sempre, mas é essencial para mudar suas vidas.