Seis municípios têm o melhor IDM do Ceará: Eusébio e Fortaleza lideram ranking

4 de setembro de 2019 - 17:00 # # # #

Pádua Martins - Ascom Ipece

Eusébio, Fortaleza, São Gonçalo do Amarante, Aquiraz, Maracanaú, Horizonte, Barbalha, Sobral, Cascavel e Paracuru são os dez municípios melhores posicionados no Estado, de acordo com o Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM/2017). No entanto, apenas seis dos 184 municípios cearenses compõem a “classe 1” do índice, com média de 61,14: Eusébio, com IDM de 70,70; Fortaleza, com 68,72; São Gonçalo do Amarante (64,02); Aquiraz (56,25); Maracanaú (55,31) e Horizonte (51,85). Juntos, eles possuíam mais de 3,0 milhões de habitantes, o que equivalente a 34,35% da população cearense. Os municípios listados nesse grupo são referências estaduais no que tange ao conceito de desenvolvimento. Os dados estão no “Índice de Desenvolvimento Municipal (IDM) Ceará/2017”, que acaba de ser publicado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado do Ceará.

Os dez municípios com maiores índices do IDM – Ceará – 2017

MunicípioIDMRankingClasse
Eusébio70,701
Fortaleza68,721
São Gonçalo do Amarante64,021
Aquiraz56,251
Maracanaú55,311
Horizonte51,851
Barbalha48,432
Sobral44,862
Cascavel43,612
Paracuru42,4910º2
Fonte: Ipece

 

Os dez municípios com menores IDM são: Aiuaba (6,09); Pires Ferreira (8,62), Catarina (10,16), Umari (10,67); Abaiara (10,75); Deputado Irapuan Pinheiro (12,05); Tejuçuoca (12,07); Tarrafas (12,43), Caridade (12,74) e Piquet Carneiro (12,93). O Índice de

traduz, de forma consolidada, a situação dos 184 municípios cearenses, segundo os trinta indicadores analisados em quatro grupos: Indicadores fisiográficos, fundiários e agrícolas; Indicadores demográficos e econômicos; Indicadores de infraestrutura de apoio e Indicadores sociais. O IDM pode ser amplamente utilizado no acompanhamento das condições de desenvolvimento dos municípios, sendo, portanto, um instrumento para diagnósticos e referência para a proposição e orientação de políticas públicas, de acordo com João Mário Santos de França, diretor Geral do Ipece.

O trabalho, coordenado por Adriano Sarquis Bezerra de Menezes, titular da Diretoria de Estudos Econômicos (Diec) do Ipece, e que contou com uma equipe formada pelos analistas de Políticas Públicas Alexsandre Lira Cavalcante, Jimmy Lima de Oliveira e Cleyber Nascimento de Medeiros, bem como por Fátima Juvenal de Souza e Aprígio Botelho, revela que 36 municípios, com média de 36,66 (IDM entre 30,69 a 48,43), estavam situados na “classe 2”, com população estimada de 2,6 milhões (29,57% dos 9,02 milhões da população cearense) em 2017. Os cinco principais municípios listados nesse grupo foram Barbalha (48,43), Sobral (44,86), Cascavel (43.61), Paracuru (42,49) e Guaramiranga (42,33).

Um total de 76 municípios compunha a “classe 3” (2,12 milhões, equivalente a 23,52% da população), com IDM médio de 24,56, (amplitude variando de 20,52 a 30,42). Nesse caso, os municípios melhores colocados foram Acaraú (30,42), Marco (29,91), Morada Nova (29,79), Itapajé (29,72) e Aracoiaba (29,32). Já dentre os 66 situados na “classe 4”, com índice médio de 16,24 (1,13 milhão, representando 12,57% da população do Estado) e amplitude do IDM entre 6,09 a 20,30, os melhores ranqueados foram: Itapiúna (20,30), Jardim (19,95), Ibaretama (19,88), Apuiarés (19,88) e Acarape (19,78).

Para Adriano Sarquis Bezerra de Menezes, o IDM pode contribuir no planejamento de políticas públicas e na gestão do governo estadual de duas formas: a primeira por meio da comparação dos rankings dos municípios, observando-se os seus posicionamentos gerais e dentro de cada grupo e, também, os seus indicadores específicos. Com essas avaliações – observa – seria possível identificar quais são as dimensões e os aspectos que precisam ser trabalhados em cada município no sentido de melhorar os seus níveis de desenvolvimento econômico. “Essas análises possibilitam que os governos definam políticas e estratégias, direcionando suas intervenções para cada área em cada município ou região”.

Uma segunda maneira de que o cálculo do IDM é importante para o planejamento de políticas públicas é o olhar espacial ou territorial que se pode obter. Por exemplo, considerando os dos dez municípios com melhor resultado no IDM 2017, é possível observar que eles estão concentrados em apenas três Regiões de Planejamento: Cariri, Grande Fortaleza e Sertão de Sobral, ou seja, os municípios das demais regiões necessitam muito mais de apoio institucional e de políticas públicas para melhorar o desenvolvimento do que estas. “Podemos concluir que o IDM pode ser caracterizado como um importante instrumento de gestão a serviço de governos (federal, estadual e dos municípios) que desejam enfrentar com inteligência os diversos problemas sociais, econômicos e ambientais existentes” – ressalta.

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