Escola estadual de Ocara tem projeto premiado em Feira Nacional de Ciência e Tecnologia
23 de setembro de 2019 - 09:06 #FeNaDante #projeto #recursos hídricos #tecnologia da informação
Bruno Mota - Ascom da Seduc
Aluno e professor da escola de assentamento rural conquistaram o 3º lugar na categoria Tecnologia da Informação. O projeto recebeu credencial para ser apresentado no México.
A Escola de Ensino Médio (EEM) Francisca Pinto do Santos, localizada no Assentamento Antônio Conselheiro, no município de Ocara, teve dois projetos finalistas na 1ª Feira Nacional de Ciência e Tecnologia Dante Alighieri (FeNaDante), em São Paulo. Um deles conseguiu o terceiro lugar e recebeu credencial para participar de feira internacional no México. O evento na capital paulista foi realizado entre os dias 11 e 14 de setembro e contou com a inscrição de projetos desenvolvidos por estudantes de todo Brasil.
A iniciativa premiada foi produzida pelo aluno Guilherme Alves, de 18 anos, que cursa a 2ª série do Ensino Médio, orientado pelo professor Francisco Dian de Oliveira. A ação, denominada “Redução do desperdício de recursos hídricos no cultivo de hortaliças por meio de sistema inteligente de irrigação”, tem o objetivo de otimizar o processo de irrigação de lavouras, economizando água.
“Os recursos hídricos são bastante escassos na nossa região. Temos um plantio de hortaliças e legumes na escola e a irrigação que era feita antes, de forma manual, com regadores e mangueiras, não era eficiente. As plantas não se desenvolviam tanto. Então, implementamos esse sistema, que gasta menos água e faz as plantas se desenvolverem melhor”, aponta Guilherme.
Segundo o estudante, a ideia consiste em colocar sensores de umidade no solo, que transmitem informações de forma constante para um microcontrolador. “O mecanismo interpreta as informações e, de acordo com a necessidade, aciona a bomba, fazendo a irrigação funcionar. Quando é atingida a umidade necessária, outro sinal é emitido pelos sensores, que faz o sistema parar o envio de água, de forma autônoma”, explica.
Aperfeiçoamento
Ainda em fase de desenvolvimento, o equipamento funciona alimentado por pilhas. Mas, conforme Guilherme, a intenção é de que seja adaptado para operar com energias renováveis, como a solar.
Sobre a experiência na FeNaDante, o jovem lembra que o projeto foi muito bem recebido pelos avaliadores. “Outro ponto que destaco é o fato do meu projeto ser do interior. Basta termos um ponto de partida, interesse e apoio, com a vontade de desenvolver, que conseguimos os nossos objetivos”, avalia.
O trabalho de Guilherme e do professor Francisco foi premiado pela conquista do 3º lugar na categoria Tecnologia da Informação, recebendo credencial para participar da Feria de Proyectos (Fepro), em Puebla, no México.
O outro projeto finalista da Escola, intitulado “Mini descastanhadeira”, busca facilitar o processo de extração da castanha do caju e, consequentemente, aumentar a renda dos agricultores. A ideia foi do estudante Gabriel Cosme Maia e de seu orientador, Francisco Leandro Santos Dantas. O jovem cursa a 2ª série do ensino médio.
Exposição
Durante a participação na Feira, todos os projetos finalistas foram avaliados de acordo com o caderno de campo, o pôster e o artigo científico apresentados. A comissão de pré-avaliação selecionou 118 projetos para a final, adotando critérios como criatividade e inovação; metodologia científica; profundidade; habilidade e competências do estudante.
A FeNaDANTE é uma Feira de Ciências e Tecnologia que tem como um de seus objetivos a divulgação de pesquisas de pré-iniciação científica desenvolvidas por estudantes de escolas públicas e particulares de diferentes localidades brasileiras.
Ouça
Um dos projetos foi premiado em terceiro lugar e partiu da iniciativa de um aluno de 18 anos, orientado pelo seu professor. A orientadora da Coordenadoria da Diversidade e Inclusão Educacional da Seduc, Silvana Teófilo Machado, explica.
A orientadora da Seduc, Silvana Teófilo Machado, fala sobre a estrutura das escolas em assentamentos e sobre o incentivo dado a ações ligadas ao desenvolvimento científico e o seu diálogo com a realidade do campo.