Semana da Prematuridade do HRN reforça a prevenção e cuidado multiprofissional
14 de novembro de 2019 - 15:04 #Gestação #maternidade #rematuridade #saúdedobebê
Teresa Fernandes - Ascom HRN Texto
Jeorge Farias Arte gráfica
Novembro é um mês destinado à prematuridade, refletindo os cuidados que os bebês precisam e chamando atenção para as causas do tema. No Hospital Regional Norte (HRN), do Governo do Ceará, a programação da Semana da Prematuridade, de 18 a 21 de novembro, traz o tema “O amor chegou mais cedo” e reforça a prevenção da prematuridade. O ponto alto do evento será o desfile dos bebês prematuros nascidos nos últimos anos no hospital.
“O novembro roxo é um mês que faz alusão à prematuridade, esse tema que precisa tanto ser discutido no mundo inteiro, chegar à população. As políticas de saúde possam estar mais voltadas e comprometidas a evitar o parto prematuro. Toda a equipe e toda a rede de apoio precisam trazer essas informações e apoiar essas gestantes para que elas consigam levar até o fim suas gestações e evitar que esses bebês nasçam prematuros”, ressalta a coordenadora da Neonatologia do HRN, a enfermeira Maria Cristiane Soares de Lemos.
Anualmente em todo o mundo, cerca de 30 milhões de bebês nascem prematuros ou com baixo peso ou adoecem logo nos primeiros dias de vida, segundo relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS). O relatório aponta que, entre os recém-nascidos com maior risco de morte e deficiência, estão aqueles com complicações relacionadas à prematuridade, lesão cerebral durante o parto, entre outros. Além disso, os custos financeiro e psicológico para as famílias podem ter efeitos prejudiciais sobre o desenvolvimento cognitivo e emocional dos bebês.
Prevenção da prematuridade
A prevenção da prematuridade é assunto recorrente nos estudos em obstetrícia, de acordo com a coordenadora médica do Centro de Apoio a Saúde Reprodutiva da Mulher (CASRM) do HRN, a obstetra Eveline Valeriano. “A prematuridade traz complicações ao recém-nascido e repercussões em vários aspectos. Com a atuação multiprofissional organizada, enxergando ações de prevenção e cuidado voltados a este tema, observamos grandes benefícios para o binômio”, explica.
Segundo a médica, sabendo do impacto para o recém-nascido e a sociedade, os obstetras buscam atuar nos fatores que contribuem para o nascimento de bebês prematuros. “Estes fatores podem mesmo ser identificados antes de a mulher engravidar, numa consulta pré-concepcional. É a chamada prevenção primária, e ela inclui desde o
planejamento da gestação, até o tratamento de infecções genitais, cessação do tabagismo, avaliação ponderal, diminuição da carga de trabalho, pesquisa e controle do diabetes mellitus ou outras doenças”, explica.
Durante a gestação uma boa avaliação também poderá ser essencial para evitar um desfecho ruim. “É quando após a identificação clínica, encaminha-se a paciente para
seguimento em pré-natal alto risco ou para maternidade de referência se já estiver em trabalho de parto prematuro”, avalia a médica. Alguns critérios devem chamar atenção para o risco de parto prematuro, são eles: baixo peso materno, gestação gemelar ou história de parto prematuro anterior. Nestes casos, é importante realizar investigação específica.
Programação
A programação inicia segunda-feira (18) com ornamentação do serviço de Neonatologia e criação de um mural temático pela equipe de serviço em parceria com as mães de prematuros. Na terça-feira (19), ocorre a blitz de acolhimento e divulgação da Semana com entrega dos laços do novembro roxo. Também haverá palestra com o tema “A integração dos Cuidados ao prematuro nos níveis de assistência à Saúde”.
Na quarta-feira (20), será a vez do desfile dos bebês que nasceram prematuramente nos últimos anos e a formatura do prematuro com a entrega dos certificados aos bebês ainda internados. A programação encerra na quinta-feira (21), com a Oficina de Sling para as mães de bebês internados na Neonatologia. “Vão participar de um desfile do prematuro os bebês que por aqui passaram para que possamos nos aproximar dessa causa, trazer esses bebês para próximo, ver como eles estão, ver todo o seu desenvolvimento e parabenizar essas mães que são umas guerreiras e venceram e esses bebês que venceram a prematuridade”, finaliza Cristiane Lemos.