Frequência escolar do Ensino Médio no Ceará cresce e supera médias do Nordeste e do Brasil
22 de novembro de 2019 - 14:57 #Ensino Fundamental #Ensino Médio #Ipece #mercado de trabalho
Pádua Martins - Ascom Ipece Texto
Carlos Gibaja e Davi Pinheiro Fotos
Estudo do Ipece revela também bons índices de jovens com Ensino Fundamental completo
A taxa de frequência escolar do Ensino Médio no Ceará, por parte de jovens na faixa etária de 15 a 17 anos, apresentou crescimento de 28,8% entre o segundo trimestre de 2012 e o segundo trimestre de 2019. Em comparação do segundo trimestre deste ano com o mesmo período de 2018, a elevação foi de 2,2%, resultado que coloca o Estado com média de 70%, acima do Nordeste, que teve índice de 58%, e do Brasil com 66%. Esses e outros números estão no Boletim Trimestral da Juventude, que acaba de ser publicado pela Diretoria de Estudos Sociais (Disoc) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Ceará.
O trabalho, de autoria do analista de Políticas Públicas do Ipece Victor Hugo de Oliveira Silva, revela que a proporção de jovens de 15 a 17 anos com Ensino Fundamental completo continua apresentando percentuais acima das médias para Nordeste e Brasil, isso desde 2018T2. No entanto, houve uma redução de 1,2% no percentual entre 2018T2 e 2019T2, apesar de, no longo prazo, a variação registrada ter sido de 18,5% entre 2012T2 e 2019T2. Já o número médio de anos de estudos para jovens com idade entre 18 e 29 anos segue uma trajetória crescente. O valor médio alcançou os 11 anos de estudo, menos de 1 ano de diferença para a média nacional. No curto prazo, esse valor cresceu 0,6% (2018T2 a 2019T2), enquanto no longo prazo a variação foi de 10% (2012T2 a 2019T2).
Trabalho
De acordo com o estudo, a proporção de jovens de 15 a 29 anos fora da força de trabalho apresentando redução no Ceará. No curto prazo (2018T2 a 2019T2), houve uma queda de 3,1%. De acordo com Victor Hugo, apesar do aumento registrado de jovens adentrando o mercado de trabalho, a taxa de desocupação na faixa de 15 a 29 anos apresenta tendência de queda. No curto prazo, essa proporção saiu de 22% para 20,5% entre 2018T2 e 2019T2. No entanto, a variação de longo prazo (2012T2 a 2019T2) mostra um crescimento de 37,7% no indicador. Já o setor informal do mercado de trabalho é que tem absolvido os jovens: 58,4% em 2019T2. Entre 2018T2 e 2019T2, a proporção de jovens de 15 a 29 anos em ocupações informais cresceu 0,8%.
Sem ocupação
O total de jovens de 15 a 29 anos que não frequentam a escola e não possuem ocupação saiu de aproximadamente 678 mil para em 2018T2 para 604 mil em 2019T4. Em termos percentuais, a proporção de jovens nessa condição saiu de 30,1% em 2018T2 para 28% em 2019T2. Com o resultado, o Ceará apresenta um percentual de jovens que não frequentam a escola e não possuem ocupação (28%) inferior ao Nordeste (30%), mas ainda superior a média do Brasil (24%). Em 2019T2, a proporção de jovens de 15 a 17 anos nessa condição é de aproximadamente 9,4% em 2019T2, e de 33,8% e 31% nas faixas etárias de 18 a 24 e de 25 a 29 anos. A maior parcela de jovens nessa condição segue sendo mulheres, cujo percentual chegou a 35%.
O Estudo
O Boletim Trimestral da Juventude tem como objetivo acompanhar os principais indicadores de educação e mercado de trabalho para a população cearense na faixa etária dos 15 aos 29 anos de idade. O documento fornece, aos gestores públicos e sociedade civil, informações sobre o desempenho da juventude quanto à frequência escolar, conclusão dos ciclos escolares, analfabetismo, média de anos de estudos, população jovem ativa no mercado de trabalho, desocupação, informalidade e médias salariais. Para tanto, este boletim trimestral explora os dados da Pesquisa por Amostra Domiciliar Contínua do IBGE, iniciada em 2012. Os indicadores são calculados com periodicidade trimestral, o que permite observar flutuações ao longo do ano e compará-las com anos precedentes.