SSPDS e PRF iniciam tratativas para utilização de app que mapeia pontos de exploração sexual nas CEs
12 de novembro de 2019 - 11:16 #exploração sexual #Polícia militar #policial rodoviário #Rodovias
Ascom SSPDS
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciaram, nesta segunda-feira (11), na sede da Superintendência Regional da PRF, em Fortaleza, as tratativas para que os policiais rodoviários estaduais da Polícia Militar do Ceará (PMCE) possam utilizar o aplicativo Mapear, que mapeia pontos vulneráveis à exploração sexual de crianças e adolescentes e é usado pela PRF nas rodovias federais do Brasil. O encontro inicial para discutir a inclusão de policiais militares no monitoramento dos pontos críticos e vulneráveis das CEs reuniu o secretário da SSPDS, André Costa, o superintendente de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública (Supesp), Aloísio Lira, o superintendente Regional da PRF/CE, Maykel Bruno, o superintendente Regional Substituto da PRF/CE, Getúlio Lima, o comandante do Policiamento da Capital (CPC), coronel George Stephenson, e o comandante do Batalhão de Polícia de Trânsito Urbano e Rodoviário Estadual (BPRE), tenente-coronel Lourival Lima.
O objetivo da parceira entre os órgãos federal e estaduais é ampliar o raio de fiscalização, colaborar para o levantamento de dados e contribuir para a elaboração de políticas públicas que preservem os direitos fundamentais de crianças e adolescentes no Brasil. O projeto Mapear foca seus esforços também no direcionamento de ações preventivas e repressivas que desestimulem a prática do crime e a construção de mecanismos de enfrentamento, bem como possibilita a devida responsabilização dos infratores que violam às leis brasileiras. A articulação com o sistema de segurança do Ceará é similar ao que já acontece com a Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) da Polícia Militar de Pernambuco. A integração entre as polícias propiciará um diagnóstico mais preciso da problemática.
O secretário André Costa sinalizou positivamente para a parceria entre as instituições e colocou a Academia Estadual de Segurança Pública (Aesp) à disposição para a realização de capacitação dos policiais rodoviários estaduais. Para tanto, será elaborado um plano de trabalho para definir ações e estratégias voltadas para a atuação dos agentes do BPRE com foco nas estradas estaduais e no manuseio do aplicativo. “A previsão é iniciarmos a formação desses policiais no início de 2020. Mas, antes disso, nós pretendemos apresentar o projeto e o aplicativo aos policiais rodoviários como forma de despertar o interesse deles e pensar na melhor forma de operacionalizar o serviço com a realidade diária dos agentes”, adiantou.
Como funciona?
Os dados são coletados a partir das respostas dos questionários preenchidos pelos agentes rodoviários em pontos estratégicos que margeiam as rodovias federais. Em seguida, os pontos mapeados são classificados em níveis de risco alto, médio ou baixo, conforme as condições e circunstâncias catalogadas. As ações preventivas e de repressão são focadas nesses pontos visando coibir a exploração sexual de crianças e adolescentes, bem como identificar pessoas relacionadas com o tráfico de pessoas, já que, como apresentado pelo integrante da Comissão de Direitos Humanos da Superintendência Regional da PRF no Ceará, Getúlio Lima, a exploração sexual é porta para outros crimes. “A gente tem identificado também que muitos adolescentes em situação de vulnerabilidade e exploração não são daqueles locais, eles foram levados para ali. E isso tem nos preocupado bastante”, destaca o policial rodoviário.