Prêmio Chico Albuquerque de Fotografia: Solenidade de entrega acontece nesta terça-feira (17)

16 de dezembro de 2019 - 13:57 # # #

Ascom da Secult

A Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult) realiza nesta terça-feira (17), às 20h, no Mini Anfiteatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, equipamento da Secult Ceará, a solenidade de entrega do Prêmio Chico Albuquerque de Fotografia. Repaginado, com novas categorias, novo valor e agora com abrangência nacional, o prêmio reconhece cinco projetos nas categorias: Narrativas Brasileiras, Descobertas e Outras Visões. A premiação no valor total de R$ 280.000,00 contou com mais de 170 propostas inscritas e a participação de 20 estados. A solenidade terá uma programação especial, com a presença dos premiados, apresentação do prêmio, exibição de filme de Tibico Brasil e programação cultural. A atividade é aberta ao público.

O prêmio reconhece e fomenta a fotografia brasileira, por meio da seleção de cinco autores dentre os trabalhos inscritos. Cada autor pôde se inscrever apenas uma proposta de um trabalho autoral em uma das três categorias de premiação. Lançado no final de 2018, durante o Fotofestival SOLAR, o Prêmio Chico Albuquerque de Fotografia teve o objetivo de ampliar a reflexão e a experiência artística, a formação de público e o acesso a bens e serviços culturais, por meio da fotografia.

“Avaliamos o prêmio e tomamos um caminho de que ele pudesse ganhar uma abrangência nacional. A própria figura do Chico Albuquerque é uma referência nacional, merece esse destaque. Além disso, o Ceará já tem uma vocação e um percurso reconhecido na fotografia. De como a fotografia cearense dialoga com a fotografia nacional para que possamos ter aí um movimento de dentro para fora, de fora para dentro, de chamar atenção do país para o Ceará e vice-versa”, afirma Fabiano Piúba, secretário da Cultura do Ceará.

Os premiados

Narrativas Brasileiras

Finalistas por ordem de classificação: Luiz Otávio Salameh Braga, Pedro David de Oliveira Castello Branco, Luiz Carlos Rosa Felizardo, Orlando Manuel Monteiro de Azevedo e Edson Viggiani Jr.

Vencedor: Luiz Braga

Descobertas

Finalistas por ordem de classificação: André de Sampaio Penteado, Mauricio Soares Gomes de Oliveira, Eduardo Rangel Monteiro, Ricardo Teles de Freitas e Felipe Fittipaldi Freire de Carvalho.

Vencedores: André de Sampaio Penteado e Mauricio Soares Gomes de Oliveira (Mauricio Pokemon).

Outras Visões

Finalistas por ordem de classificação: Claudia Barbosa Vieira Tavares, Letícia Lampert, João Teixeira Castilho, Luiz Claudio Martins Baltar e Haroldo Bezerra Saboia Filho.

Vencedoras: Claudia Barbosa Vieira Tavares e Letícia Lampert.

Homenagem

O Prêmio é uma homenagem ao fotógrafo brasileiro Chico Albuquerque (1917-2000) que nasceu no Ceará e tornou-se pioneiro na fotografia publicitária no País e um dos artistas mais inovadores de sua geração. Ao longo de uma trajetória de 68 anos dedicados à fotografia, consagrou-se como retratista de personalidades que marcaram a história brasileira. Dentre seus principais trabalhos, destaca-se o ensaio “Mucuripe” (1952) que retrata o cotidiano de jangadeiros do litoral cearense, revelando a profunda relação desses homens com o mar.

O Prêmio Chico Albuquerque, com novas categorias e abrangência, visa estimular processos criativos para a experimentação e a inovação no campo da fotografia e sua transversalidade com outras linguagens artísticas e áreas do conhecimento e posicionar o Ceará como estado de referência no âmbito das políticas públicas para o desenvolvimento da fotografia brasileira. O prêmio foi lançado em 8 de dezembro, no Festival Solar de Fotografia, o mais novo evento estruturante da política pública de cultura da Secult.

Conheça

Luiz Braga

Luiz Braga é fotógrafo. Autodidata, começa a fotografar aos 11 anos. Em 1975 inicia a trajetória profissional nas áreas de retrato, publicidade e arquitetura e ingressa na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Pará (UFPA), onde se forma em 1983. Colabora com o jornal O Estado do Pará, em 1978, e cria o tablóide Zeppelin, no qual exerce as funções de editor e fotógrafo até 1980. Em 1979 realiza sua primeira mostra individual, I Portifólio, com retratos, cenas de rua e de trabalhadores ribeirinhos em preto-e-branco. Integra o projeto Visualidade Popular na Amazônia, promovido pela Fundação Nacional de Arte (Funarte), em 1982. Com base nessa experiência, seus ensaios tornam-se predominantemente coloridos e passam a enfocar a cultura visual, a população e a paisagem amazônica. Na década de 1980 estabelece contato com curadores como Rosely Nakagawa e Paulo Herkenhoff, e intensifica sua participação em exposições nacionais e internacionais. Com a série A Margem do Olhar ganha o Prêmio Marc Ferrez, do Instituto Nacional de Fotografia da Funarte, em 1988. Nessa época começa a fotografar misturando luzes naturais e artificiais, o que confere um caráter não naturalista às imagens. Recebe o Leopold Godowsky Color Phothography Award – Prêmio Fotografia Colorida Leopold Godowsky, da Universidade de Boston, Estados Unidos, em 1991, e Bolsa Vitae de Fotografia, em 1996. Paralelamente à realização de ensaios autorais, atua como fotógrafo independente, em Belém.

Andre Penteado

André Penteado (1970) nasceu e trabalha em São Paulo. Trabalhando principalmente em fotografia, sua obra é centrada na ideia de que esta mídia, dada a sua ubiquidade no mundo de hoje, é uma das mais interessantes e pertinentes ferramentas para a discussão das complexas questões do mundo contemporâneo. Produzindo desde 1998, André vem desenvolvendo projetos que investigam temas da história brasileira – como a Cabanagem e a Missão Francesa –, momentos de grande intensidade emocional – como a perda do pai – e também a própria natureza da imagem fotográfica.

Mauricio Pokemon

Maurício Pokemon é fotógrafo e artista visual piauiense, inicialmente formado por sua relação com o skate. Graduado em jornalismo, trabalhou em veículos da grande mídia e segue como fotógrafo e editor de fotografia da Revista Revestrés. Desde 2015 tem como principal ambiente de pesquisa a comunidade Boa Esperança, localizada na zona norte de Teresina, em sua condição de vulnerabilidade e luta por conta projetos de “modernização” impostos pela prefeitura da capital. Em 2016, foi contemplado com o Prêmio de Criação em Artes Visuais de Teresina. No mesmo ano, desenvolveu “POROS” na fachada do CAMPO Arte Contemporânea – espaço em Teresina dedicado à Arte e (in)disciplinas a fins, onde é artista residente desde então. Em 2017 circulou 10 estados da Amazônia Legal pelo Projeto Sesc Amazônia das Artes, com o projeto EXISTÊNCIA, e vem realizando em paralelo um trabalho investigativo sobre Fotografia nas Artes Performáticas, com fotos publicadas em catálogos de festivais e imprensa de vários países, como Brasil, Bélgica, Suíça, Holanda, Alemanha, França, Japão e outros. No ano seguinte, realizou junto a produtora cultural Regina Veloso o projeto Estética das Brenhas, o qual propôs novas possibilidades de imagem sobre o Piauí a partir de um olhar antropológico sobre manifestações da subjetividade popular. Pokemon tem passagens por importantes festivais de fotografia.

Letícia Lampert

Com formação em Artes Visuais, Design e mestrado em Poéticas Visuais, Letícia Lampert vem desenvolvendo sua produção autoral principalmente através da fotografia. Tem como eixo principal de pesquisa a investigação sobre as formas de compreender a paisagem, especialmente urbana, e as relações, mediadas pela arquitetura, que estabelecemos com as cidades. Participa regularmente de exposições no Brasil e exterior e teve seu trabalho destacado em salões e prêmios tais como o Prêmio Açorianos de Artes Plásticas – Fotografia, em 2009, Prêmio Aquisitivo no Salão Unama de Pequenos Formatos, em 2012, Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger e III Prêmio Itamaraty de Arte Contemporânea, ambos em 2013, entre outros. Em 2018, participou da Bienal do Mercosul, em Porto Alegre, da Bienal de Fotografia de Beijing, na China, e foi também finalista do Prêmio Fola, em Buenos Aires – Argentina. Participou de residências artísticas no Brasil e no exterior, sendo elas The Swatch Art Peace Hotel, em Xangai – China, Residência Artística FAAP e Hermes, em São Paulo, Kaaysá, em Boiçucanga e Pier2, em Kaohsiung – Taiwan. Publicou até o momento três livros: a Escala de Cor das Coisas (2009), 拆 [chai] (2016) e Conhecidos de Vista (Incompleta, 2018). Desde 2016 tem ministrado oficinas sobre arte, fotografia e publicações independentes em diferentes cidades do Brasil.

Claudia Tavares

Claudia Tavares utiliza as linguagens da fotografia e do vídeo. Participou de inúmeras exposições individuais e coletivas em diversos espaços, como Espaço Cultural Sérgio Porto (Rio de Janeiro), Sesc Pinheiros (São Paulo), Galeria Murilo Castro (BH), Plataforma Revólver (Lisboa), 291 Gallery (Londres) e Galeria Tempo (Rio de Janeiro), além de feiras de arte como a SPArte, ArtRio e ArtBo (Bogotá). Participou em 2017 da Bienal Internacional de Cerveira, Portugal, da III Bienal do Sertão, Vitória da Conquista. Suas exposições individuais são “Light Boxes”, 291 Gallery, Londres, “entre nuvem evento”, Galeria do Ateliê, Rio de Janeiro, “Nós”, Espaço Sérgio Porto, Rio de Janeiro, “Branco Preto”, Galeria Tempo, Rio de Janeiro, “Vestida de infância”,Galeria do Ateliê, Rio de Janeiro. Ganhou 3o prêmio com o vídeo “BláBláBlá”, na 9o Bienal Nacional de Santos 2004. Fez residência artística na Casa do Artista, em Vila Nova de Cerveira, 2017 e foi selecionada para o programa de residência LabVerde 2018. É Doutora em Processos Artísticos Contemporâneos pelo Instituto de Artes UERJ, Mestra em Artes pela Goldsmiths College, Londres e em Linguagens Visuais pela Escola de Belas Artes, UFRJ. Faz parte da coleção de Cesar Gaviria, Colômbia e Joaquim Paiva, Brasil, em comodato no MAM RJ.