Hemoce estimula cadastro para doação de medula óssea
12 de julho de 2017 - 10:10 #doação de sangue #Hemoce #saúde
Foto: Assessoria de Imprensa do Hemoce Assessoria de Imprensa do Hemoce Natássya Cybelly Contato: (85) 3101-2308 E-mail: natassya.chagas@hemoce.ce.gov.br / imprensahemoce@gmail.com
“Ser um doador de medula óssea é trazer de volta não só uma pessoa, mas toda uma família que vive a esperança de achar um doador”. A declaração é do baiano Paulo Vinícius, de 32 anos, que viajou mais de 1.300 km para doar medula óssea no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará, Hemoce, da rede pública do Governo do Ceará. Há mais de três anos, Paulo fez o cadastro como doador de medula óssea no Hemocentro da Bahia. “Quando me ligaram dizendo que tinha um paciente que estava precisando de transplante de medula e eu era compatível até estranhei: ‘Como assim? Existe uma metade de mim por ai?!’”, comenta surpreso.
A chance de se tornar um doador de medula óssea é de um para um milhão. O primeiro passo é realizar o cadastro de doador em um dos hemocentros. No Ceará, o Hemoce é o órgão responsável e desde 2000 já cadastrou mais de 17 mil pessoas como possíveis doadores de medula óssea. Além do cadastro, o Hemoce faz a coleta da medula. É um dos centros de referência para o procedimento no Nordeste. “Eu tinha duas opções de lugar para fazer a doação: ou iria até São Paulo ou viria em Fortaleza. Acabei optando pelo Hemoce por ser mais próximo de Salvador e porque pesquisei sobre o serviço e vi seriedade no trabalho do Hemoce. Fiquei impressionado com o acolhimento que recebi aqui”, conta Paulo Vinicius.
A decisão de vir até Fortaleza não foi surpresa para quem conhece Paulo Vinicius. De acordo com o doador, a generosidade faz parte da filosofia de vida que ele adota no dia a dia. “Lá na minha casa, todo mundo gosta de pensar no próximo, já cheguei até a acolher pessoas dentro da minha casa só para ajudar quem estava precisando. Ser generoso e solidário é o mínimo que a gente pode fazer nesse mundo. É como diz o ditado: ‘faça com o outro aquilo que gostaria que fizesse com você’ e assim eu sigo minha vida”, conta. E foi seguindo essa direção que ele chegou a Fortaleza.
Foram duas vindas à capital cearense. A primeira, em junho, para fazer as avaliações médicas que confirmam se o voluntário está em boas condições de saúde para doar e a segunda, na última terça-feira, 4, para concluir a doação. Apesar de o doador ter as despesas de passagem e hospedagem custeadas pelo Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), ele precisava de tempo e disponibilidade para as viagens. “Eu decidi tirar férias do meu trabalho, falei com meu chefe, me programei e deu certo. Todo mundo me deu muito apoio”, explica.
Para o processo de doação, a coleta da medula pode acontecer de duas maneiras: por punção direta na região da bacia, um procedimento que leva cerca de 40 minutos, ou por coleta na veia do braço em um equipamento chamado de máquina de aférese, como foi o caso do doador. Após concluir todo o processo, o voluntário afirma que volta para Salvador com a sensação de dever cumprido. “Se eu estou feliz, imagine a alegria de quem esperava encontrar um entre um milhão de pessoas, alguém compatível? Eu pude ser essa esperança na vida de alguém, é uma felicidade sem fim”, comemora.
Quando questionado sobre a distância atravessada para ajudar a alguém que ele nem conhece, o voluntário nem pensa duas vezes e diz que faria tudo de novo. “Se precisar, eu estou aqui. Afinal de contas, ser escolhido entre tantas pessoas no mundo para salvar a vida de alguém é um privilegio, é uma motivação para seguir em frente com o sorriso no rosto”, conclui.
Como ser um doador de medula
Para ser um doador de medula óssea é simples. Basta ter entre 18 e 55 anos de idade, estar bem de saúde, não ter tido câncer e apresentar documento de identidade e comprovante de endereço. O cadastro será concluído com a assinatura de um Termo de Consentimento e a coleta de uma amostra de sangue (10 ml). Esta amostra será enviada para um laboratório especializado onde será feito os exames necessários. Os resultados são enviados para o Redome. Sendo constatada a compatibilidade entre doador e receptor, o Hemoce e o Redome entram em contato com o voluntário para que sejam feitos os próximos exames e a doação de medula óssea possa acontecer. Para mais informações, ligue (85) 3101-2296.