Cadeia Pública de Maracanaú incentiva inclusão e capacitação dos internos
29 de novembro de 2017 - 11:21 #cadeia pública #internos #Maracanaú
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Capacitação e aprendizado. É o que Ernani, 33 anos, interno da Cadeia Pública de Maracanaú procura nas atividades de tenerife, violão e costura de bolas que faz dentro da unidade. A CP possui 68 internos e a maioria deles está envolvida com os projetos da Coordenadoria de Inclusão Social do Preso e do Egresso (Cispe), além de estarem em sala de aula, com as atividades da Educação, ambos setores da Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus).
Para Ernani, as atividades servem para passar o tempo e ocupar a mente. “Enquanto costuro bolas, esqueço os meus problemas, esqueço do desânimo”. O interno, que participa das aulas de violão, tenerife, costura de bolas, e também assiste às sessões do Cine Diálogo, indica que se sentiu incentivado em fazer todas essas atividades e que repassa esse incentivo aos companheiros de cela.
Cerca de 40 alunos são acompanhados pela Educação, assistindo as aulas do ensino fundamental ao ensino médio. O projeto Livro Aberto, que possibilita a remição de pena pela leitura, também está na unidade e 26 internos estão lendo livros para serem avaliados.
Alexandre Freitas é egresso do sistema penitenciário e hoje é o instrutor de tenerife e outros artesanatos, da Unidade Prisional Irmã Imelda Lima Pontes, do Instituto Psiquiátrico Governador Stênio Gomes e também da CP de Maracanaú. Para ele, as aulas e o aprendizado aumentam a autoestima dos internos e afasta possíveis depressões. “É uma terapia, eles aprendem um futuro ofício, mas também ajuda a mente ficar desperta e limpa”.
Neste mês de novembro, a oficina de pães e bolos também ocorreu na unidade e teve participação de quase 100% dos internos. Em média, 60 internos participam semanalmente das atividades da Cispe.
Para a coordenadora de inclusão social do preso e do egresso da Sejus, Cristiane Gadelha, é um grande desafio levar as atividades para as cadeias públicas. “As cadeias são espaços menores, não têm a estrutura das grandes unidades. Com a parceria dos administradores, conseguimos implantar projetos e garantir possibilidades de ressocialização e remição da pena aos internos”, pontua.